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Pesquisadores desenvolvem protótipo de oxímetro

Dispositivo é baseado em IOT (Internet das Coisas) e focado no cuidado à saúde de pacientes com Covid-19

  • Publicado: Segunda, 15 de Junho de 2020, 16h40
  • Última atualização em Quarta, 01 de Julho de 2020, 10h20
  • Acessos: 9733

Professores e estudantes do Câmpus Birigui criaram um grupo de pesquisa para o desenvolvimento de soluções tecnológicas que auxiliem no enfrentamento à pandemia de Covid-19. E uma dessas soluções, que está em fase de conclusão, é o desenvolvimento de um protótipo (hardware e software) de oxímetro baseado em IOT (Internet of Things – Internet das coisas).

De acordo com o professor Ricardo Conde, responsável pela criação do grupo de pesquisa, um dos problemas que chamou a atenção dos pesquisadores e motivou o desenvolvimento do protótipo foi a infecção que mata silenciosamente pacientes com coronavírus. Algumas pessoas acometidas pela doença não percebem que sua oxigenação está comprometida e quando buscam o auxílio médico já é tarde demais. Esse fato gerou uma grande demanda por oxímetros, ocasionando até a escassez desse aparelho no mercado.

Pensando em oferecer uma nova configuração desses dispositivos, o grupo de pesquisa buscou desenvolver uma tecnologia que permitisse aos médicos o monitoramento remoto das aferições de seus pacientes, com o objetivo de desafogar os centros emergenciais e dar segurança às pessoas enfermas, uma vez que estariam em acompanhamento médico, mesmo em suas residências.

Segundo o Ricardo, o funcionamento do equipamento é simples. “O protótipo tem que ser conectado ao celular do paciente, seja via bluetooth ou wi-fi, a fim de que possa mostrar as aferições ao paciente ao mesmo tempo em que reporta as aferições via internet para um servidor em nuvem (sistema com banco de dados)”, contou. Ele disse ainda que o custo do protótipo é baixo, em torno de R$ 90.

Uma vantagem desse monitoramento de forma remota, segundo o professor, é a possibilidade de criar um sistema de gerenciamento. “Hoje as secretarias de saúde realizam o monitoramento apenas ligando para os pacientes. Outro aspecto muito importante no projeto é a possibilidade, futuramente, de aplicar técnicas de mineração de dados e IA (inteligência artificial) a partir de um grande volume de dados que serão gerados pelos monitoramentos”, relata.

Ricardo disse ainda que que a mineração de dados pode possibilitar aos médicos novas informações sobre o comportamento do vírus e, consequentemente, auxílio no combate à doença. O professor Adriano de Souza Marques, que também está envolvido no projeto, contou que o próximo passo será a busca por potenciais parceiros e editais de fomento à pesquisa, a fim de disponibilizar um produto final o mais breve possível.

Além dos professores Ricardo e Adriano, o grupo de pesquisa é composto por dez alunos do curso de Engenharia da Computação do Câmpus Birigui e uma aluna do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) de Ponta Grossa. Os estudantes se dizem entusiasmados com os resultados do trabalho. “O projeto é uma chance de ajudar a diminuir o número de vítimas dessa pandemia e melhorar a eficiência dos equipamentos médicos, podendo vir a salvar inúmeras vidas”, disse o estudante André Conde.

 Já a aluna Giovanna Fantacini acredita que o projeto poderá ajudar não apenas no enfrentamento do coronavírus, mas em outras enfermidades. “Contribuir no grupo de pesquisa me fez entender a importância desse projeto para os profissionais de saúde, acredito que ajudará não apenas nos casos de Covid-19, mas também em várias outras doenças”, contou.

O diretor-geral do Câmpus Birigui, Edmar Gomes, lembrou que neste momento de incertezas provocado pela pandemia, é à ciência e à tecnologia que devemos recorrer para combater o vírus. “O IFSP tem desenvolvido diversas ações em combate ao Covid-19, e esse projeto proporcionou uma enorme euforia e comprometimento da equipe. Possivelmente alguns alunos estejam vivenciando esse sentimento pela primeira vez ao desenvolver um projeto de pesquisa com esse foco, isso é maravilhoso”, afirmou.

 As informações sobre o projeto também podem ser acessadas no site do Câmpus Birigui.

 

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