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IFSP entrega mais 2.564 face shields

Produção de protetores faciais envolve servidores do IFSP e colaboradores externos; objetivo é proteger profissionais da saúde

  • Publicado: Segunda, 20 de Abril de 2020, 12h38
  • Última atualização em Quarta, 22 de Abril de 2020, 17h56
  • Acessos: 11251

Servidores e alunos do IFSP, iniciativa privada, setores públicos e colaboradores civis. Unidos, todos estão, de alguma forma, colaborando para minimizar os impactos causados pela pandemia da Covid-19 no estado de São Paulo. Nos câmpus Itapetininga , Jacareí, Bragança Paulista e Catanduva do Instituto Federal, a dedicação de muitas pessoas está resultando na produção de face shields, doados para aqueles que combatem diretamente a doença, os profissionais da saúde, e também para grupos mais vulneráveis, como os indígenas. 

Wagner, diretor do Câmpus Jacareí, durante entrega de face shields em Caçapava
Wagner, diretor do Câmpus Jacareí, durante entrega de face shields em Caçapava

 

Dois mil face shields estão sendo entregues desde o último sábado (18) pelo Câmpus Jacareí às cidades de Caçapava, Taubaté, Campos do Jordão e Caraguatatuba, além de Jacareí. O diretor-geral Wagner Ferraz Castro destaca que contou com a mobilização de muitas pessoas. “Os suportes foram doados pela Ferramentaria Reis à Agência Inova e repassados para nós, as placas de acrílico foram compradas pela reitoria. Consegui a doação de outros materiais e também encontrei  uma pessoa para fazer o corte das placas em São José dos Campos, por meio da indicação do grupo da Universidade do Vale do Paraíba (Univap), que está fazendo trabalho parecido com o nosso.”

Na última sexta-feira, dia 17, alguns servidores se reuniram no Câmpus Jacareí para a montagem dos kits. A grande quantidade de protetores deve-se à aquisição de suportes prontos para a montagem do equipamento de segurança, visto que a confecção de cada haste na impressora 3D leva, em média, duas horas.

Em Itapetininga, alunos se reúnem para montagem das face shields
Em Itapetininga, alunos se reúnem para montagem das face shields

 

O trabalho cansativo com as impressoras funcionando o dia inteiro segue nos câmpus do IFSP. Em Itapetininga, alunos dos cursos de Engenharia Mecânica e do Técnico em Eletromecânica integrado ao ensino médio, sob a coordenação da professora Tamires Nossa, estão produzindo, em suas casas, os suportes dos face shields. “Disponibilizamos as impressoras 3D aos alunos de Iniciação Científica para facilitar. Semanalmente,  nos reunimos no câmpus para fazer o corte a laser da viseira, higienização e esterilização de todas as peças produzidas e controle de qualidade dos produtos, pois alguns precisam de acabamento manual”, explica. A fabricação das máscaras é endossada pelo diretor do câmpus, Ragnar Hammarstrom, que está trabalhando com duas impressoras em casa. 

O grupo monta kits com 20 unidades de máscaras, que estão sendo entregues em 18 cidades, de acordo com uma lista de hospitais e unidades básicas de saúde na região de Itapetininga, também informada pela Secretaria Estadual da Saúde. 

Professora Tamires adapta linha de produção no Câmpus ItapetiningaProfessora Tamires adapta linha de produção no Câmpus Itapetininga

 

Até o momento foram confeccionadas 260 máscaras com materiais provenientes de doações de servidores, amigos e pais de alunos. O Câmpus Itapetininga aguarda a chegada de mais matéria-prima para continuar a produção, que deve resultar em mais 300 unidades do protetor facial, de acordo com Ragnar.

Aos 17 anos de idade, Kauê Ribeiro é um dos alunos que participam da ação. “Eu me sinto privilegiado e realizado por conseguir colaborar com as medidas preventivas contra o Covid-19. Embora essa não seja a área em que o nosso curso costuma desenvolver projetos, como pesquisador da área de polímeros essa experiência contribuiu para o meu atual trabalho. Além disso, é um prazer poder aprender e estar, de certa forma, sendo um agente multiplicador de atitudes cautelares.” Ele destaca que o encontro esporádico do grupo para a montagem dos kits também dá energia para seguir com o isolamento social. “Acho que é um momento de extroversão, já que naturalmente estamos limitados ao contato virtual”, afirma.

Além de Kauê, o grupo é formado por Rodrigo Gomes, Laura Valente, Gustavo Delpino e Rafael Albino. Além de ser aluno de Engenharia Mecânica, Rafael é proprietário de uma microempresa e colabora utilizando sua própria impressora para a produção do suporte dos protetores faciais. “Vi na minha empresa, a 3DImagination, uma oportunidade de ajudar aqueles que estão arriscando sua vida por nós. A demanda na empresa está bem baixa no momento, mas mesmo para os poucos pedidos recebidos, explicamos que nossa prioridade agora é a produção de máscaras para doação”, afirma. 

Bragança Paulista

Na quinta-feira, dia 23, o Câmpus Bragança Paulista realiza a entrega de 284 face shields a profissionais que assistem grupos indígenas em dez regiões do estado de São Paulo.

Da esquerda para a direita: o reitor Eduardo Modena, o professor Vitor Garcia, e o assessor de Orçamento e Finanças José Roberto da Silva

 

A demanda partiu da Secretaria Especial de Saúde Indígena, vinculada ao Ministério da Saúde. Os protetores irão atender as seguintes regiões: Ubatuba, Rio Silveira, Registro, Miracatu, Mongaguá, Peruíbe, Bauru, Itaporanga e São Paulo. Os protetores serão encaminhados à Casa de Saúde Indígena (Casai), também na capital paulista, que fará a distribuição do material.

Com o objetivo de aumentar a produção de protetores faciais, de modo a atender a demanda dos profissionais da saúde, o Câmpus Bragança Paulista iniciou, no último dia 10, uma força tarefa com seus servidores voluntários, os quais estão se organizando em uma linha de montagem de face shields. A produção dos equipamentos de proteção em Bragança está sendo organizada pela administradora Jade Schevenin e pelo professor Vitor Garcia.

Apenas no câmpus, foram produzidas 2.500 máscaras. Outros dois mil suportes foram doados pela Associação do Núcleo de Excelência em Ferramentaria de Bragança Paulista (ANEFBP). 

O reitor Eduardo Antonio Modena lembra que a doação das máscaras aos grupos mais vulneráveis também faz parte do conjunto de ações promovidas pela Instituição para o combate ao Covid-19. “Esperamos com essa ação dar retorno à sociedade do trabalho do IFSP, que tem entre seus objetivos a promoção da pesquisa, do ensino e da extensão”.

Protetores faciais montados no Câmpus Jacareí

 

Catanduva

No Câmpus Catanduva, a doação veio do servidor Murilo Secchieri de Carvalho, que se uniu com o amigo Luciano Damianie, especialista em Tecnologia de impressão 3D, para a produção de 20 face shields na própria residência. No câmpus, a produção maciça é de máscaras de tecido laváveis. “Recebemos doações de servidores e alunos tanto em dinheiro quanto em insumos (tecido, linha e elástico) e estamos pagando costureiras que vivem próximas ao câmpus e estavam sem renda por conta do isolamento provocado pela pandemia”, aponta o diretor-geral Osvaldo Severino Junior. As máscaras de tecido estão sendo doadas às unidades de saúde da cidade, já as face shields foram encaminhadas, no último dia 17, à Prefeitura, “que ficou muito grata com a doação”, apontou. 

Separada, de modo a respeitar o isolamento social necessário, porém unida, a comunidade do IFSP segue trabalhando em várias frentes para contribuir no combate ao cornavírus. “Juntos somos mais fortes!”, finaliza Wagner Castro.

Conheça as ações do IFSP no combate à pandemia do Covid-19 aqui.

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