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Projetos do IFSP atendem 35 micro e pequenas empresas

Programa IF Mais Empreendedor atende empresas afetadas negativamente pela pandemia

  • Publicado: Sexta, 17 de Dezembro de 2021, 11h09
  • Última atualização em Quinta, 23 de Dezembro de 2021, 10h51
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Seis projetos dos Câmpus São João da Boa Vista, Matão, Suzano, Registro e Votuporanga atenderam, entre os meses de junho e novembro de 2021, 35 micro e pequenas empresas afetados negativamente pela pandemia de covid-19, por meio do Programa IF Mais Empreendedor Nacional (Edital nº 05/2021 – FADEMA).

O Programa foi coordenado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC) e o IFSULDEMINAS, com o apoio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Extensão, Pesquisa, Ensino Profissionalizante e Tecnológico (FADEMA).

A proposta do IFSP para o Programa foi composta por seis projetos submetidos ao Edital IFSP nº 100/2021 (edital lançado em ação conjunta da Inova, PRP e PRX), coordenados pelos seguintes professores bolsistas: Gilson Marcomini (SBV), Claudia Tininis (MTO), Adriano Maniçoba (SZN), André Tessaro (RGT), Aristeu Tininis (MTO) e Claudiner Seixas (VTP). Os projetos dos câmpus Registro e Votuporanga tiveram ainda o apoio voluntário dos docentes Meire Ramalho e Raphael Spozito, respectivamente. Além dos coordenadores, as equipes de cada projeto foram compostas por alunos do ensino técnico, graduandos e pós-graduandos dos respectivos câmpus participantes, envolvendo um total de 40 discentes bolsistas.

Reunião virtual realizada entre a equipe do Câmpus Suzano e a Coordenação Institucional

 

Juntas, as seis equipes apoiaram 35 micro e pequenas empresas de diversas cidades paulistas, atuantes em ramos variados de serviços – estética e beleza, alimentação, pequenas indústrias, empresas de publicidade e comércio varejista, são alguns dos exemplos. 

Acatando requisitos do Programa, o Plano de Apoio dos projetos envolvia: a abordagem direta das equipes com as empresas atendidas (por meio de reuniões remotas, em razão da pandemia de covid-19) e a elaboração do diagnóstico empresarial (levantamento das características da empresa e seus pontos fortes e fracos, por intermédio de ferramentas e metodologias diversas), culminando na elaboração de soluções que poderiam otimizar as atividades desses estabelecimentos. Durante toda a duração do projeto, a comunicação entre equipes e empresas eram constantes, a fim de garantir a construção, os ajustes e a execução conjunta das soluções propostas.

Além da execução dos planos de apoio, os coordenadores das equipes recebiam suporte direto do coordenador institucional do Programa no IFSP, representado pelo servidor Daniel Bristot (Inova), responsável pela comunicação entre o IFSP e a Coordenação-Geral do IF Mais Empreendedor.

 Conheça abaixo os projetos do IFSP:

PROJETO

CÂMPUS

COORDENADOR (docente)

Belo Salão - Sistema Estratégico para Salões de Beleza

São João da Boa Vista

Gilson Rogério Marcomini

Boas práticas de higiene na pandemia

Matão

Claudia Regina Cançado Sgorlon Tininis

Modelos de negócios resilientes no Alto Tietê

Suzano

Adriano Maniçoba da Silva

Jovens Mentores de Empreendedorismo

Registro

André Luis Tessaro

Como alavancar as vendas usando as redes sociais

Matão

Aristeu Gomes Tininis

Turnaround: transformando crise em oportunidade

Votuporanga

Claudiner Mendes de Seixas

Resultados

Mesmo com o curto período disponível e as limitações provocadas pela pandemia, as empresas foram contempladas com várias ações pontuais que, de forma geral, promoveram impactos positivos em suas receitas ou nas estratégias de gestão. Além disso, mais do que apenas mitigar problemas, as equipes finalizavam a mentoria capacitando seus empresários a executarem sozinhos as soluções criadas.

Software de Gestão utilizado pela barbearia apoiada em São João da Boa Vista

 

Entre as ações executadas estão: o suporte e a capacitação para melhor posicionar as prestações de serviços dentro das redes sociais virtuais – canal de comunicação empresa-cliente que ganhou muita força durante a pandemia –,  treinamentos em fotografia, gestão eficiente das redes sociais, otimização de cardápios, uso das plataformas para lançamento de promoções e utilização de ferramentas como resposta automática do aplicativo WhatsApp®. Praticamente todas as empresas que otimizaram o uso das redes para promoção dos serviços perceberam os benefícios: aumento do engajamento de clientes, crescimento nas vendas de produtos e maior agilidade para atendimento. "Da parte das empresas, houve muitos elogios e agradecimentos. Estabelecimentos atendidos por uma das equipes de Matão comemoraram aumentos reais de lucro em seus estabelecimentos em razão da maior (e melhor) presença nas redes", destaca Daniel Bristot. 

Uma das sócias de um buffet participante do projeto de Votuporanga relata a ligação direta do aumento das vendas com o melhor uso das redes sociais: “Posta o prato nos stories, os clientes começam a pedir. Se não postar, não vende!”, disse em uma das reuniões com a equipe do projeto. Outros empresários comentaram que clientes elogiaram os “novos layouts” dos perfis das empresas e a apresentação dos produtos, perguntando inclusive se receberam suporte de “designers gráficos profissionais”.

Algumas empresas receberam software para gestão de vendas, mídias de treinamento para práticas de higiene durante a manipulação de alimentos ou ainda ferramentas de gestão que permitissem uma condução melhor da prestação dos serviços e/ou relacionamento com clientes.

O engajamento das equipes, a relação com as empresas e os resultados entregues foram tão significativos que um dos projetos (Jovens Mentores de Empreendedorismo – Câmpus Registro) foi o vencedor na Categoria “Negócios” do I Prêmio PI nas Escolas, evento promovido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), com participação de projetos de todo o Brasil. Ainda sobre esse projeto, há a possibilidade de contratação de discentes por algumas das empresas atendidas. Saiba mais aqui.

Aprendizado na prática

Os discentes e os coordenadores dos projetos relataram que, além de trabalhar dentro das propostas, participar do Programa os fez sair muitas vezes da “zona de conforto” e desenvolver competências acessórias às suas trilhas acadêmicas.

Além de otimizarem as relações de trabalho em equipe e entender melhor os “bastidores” das empresas, os alunos ressaltaram a necessidade de adequar a comunicação da equipe com as empresas. “Tem donos de empresas que não entendem nossas explicações “de primeira”, então fazíamos reuniões internas para tentar achar a melhor forma de repassar as informações para eles”, apontaram os estudantes. A discente Ana Carolina Fujinohara, de São João da Boa Vista, afirmou que os bolsistas também entenderam a seriedade do trabalho e a responsabilidade de buscarem conhecimento adequado para ajudar as empresas de forma eficiente. 

A responsabilidade de atender empresas que depositaram a confiança nas mentorias das equipes, além do diálogo direto entre empresários e alunos fizeram barreiras, como a timidez, serem transpostas, de acordo com Giovana Oliveira, do Câmpus Suzano. A vontade de colaborar promoveu momentos em que discentes se viram imersos em estudos sobre redes sociais ou otimizando material e discurso em vídeos de orientações. 

Mesmo com grandes exigências, os retornos dos alunos foram muito positivos. Mateus Ferreira, de São João da Boa Vista, pontuou que “é muito gratificante passar em frente aos estabelecimentos comerciais e observar que algo feito por você está sendo utilizado para resolver um problema real”, enquanto Ágatha Valdoski, do Câmpus Registro, disse que participar dessa ação “me direcionou à profissão que quero seguir, algo que ainda era uma dúvida antes do projeto”.

Para Daniel Bristot, a proposta do Programa foi contemplada e permitiu aos discentes participantes uma aproximação bastante particular com o Mundo do Trabalho: “como parte de uma equipe de mentoria, não apenas conheceram as rotinas empresariais, mas estiveram de fato ao lado de administradores, buscando juntos alternativas para solucionar problemas reais desses lugares”.

Daniel ainda comenta que a educação empreendedora se mostrou importante por meio do Programa e uma das grandes vantagens é sua aplicação multidisciplinar, característica observada diretamente pelas formações acadêmicas plurais de cada equipe e as contribuições que puderam proporcionar às empresas. “Tivemos equipes com alunos e professores das áreas de administração, logística, informática, química e engenharias. A carência desse segmento empresarial por apoio externo e mais personalizado é tão grande que ações relativamente pequenas podem definir a sobrevida de um empreendedor”, finaliza.

Números

A edição 2021 contemplou nacionalmente 39 instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica de todas as regiões do Brasil, envolveu 1.680 estudantes bolsistas e atendeu cerca de 1.400 empreendimentos por intermédio de projetos de extensão tecnológica, aumentando a aproximação e articulação dos Institutos Federais com os Arranjos Produtivos Locais (APLs). Com uma boa repercussão e resultados, já está prevista uma nova edição em 2022.

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